terça-feira, 19 de maio de 2020

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA ( PRÍNCIPE CASPIAN)

As crônicas de Nárnia fazem referência a sete volumes de livros. Trata-se de uma história épica de confronto entre o bem e o mal, ficando clara sua analogia com a Bíblia. Foram escritas entre 1949 e 1954 por C.S. Lewis. O autor nasceu em Belfast, Irlanda, em 1898. Lewis sempre demonstrou um fascínio por contos de fadas, mitos e lendas antigas. Essas histórias são direcionadas ao público infantojuvenil, mas é evidente que encantaram aos adultos de várias partes do mundo, configurando na categoria dos clássicos da literatura. Eis a história “ O príncipe Caspian":



PRÍNCIPE CASPIAN
AS personagens desta história são as mesmas do livro “ O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”: Pedro, Susana , Edmundo e Lúcia, De certa forma é uma continuidade da história anterior, embora a leitura do primeiro livro , não seja necessária para a compreensão de “O príncipe Caspian”. As quatro crianças retornam das férias e se encontram numa estação de trem em que só havia eles. De repente , observam que algo estranho está acontecendo e de repente percebem já estão numa ilha.
Esse lugar desconhecido era Nárnia, local em que as crianças haviam sido reis e rainhas há um ano, mas parecia que já havia se passado uns mil anos. O Castelo de Cair Paravel estava em ruínas.Então eles recordaram tudo que viveram naquele castelo. Encontraram alguns presentes que receberam no natal, objetos que tinham um valor imenso para eles , pois fazia relembrar bons momentos. Enfim encontraram muitas coisas valiosas da época em que moravam ali. Porém tudo aquilo era um mistério para eles, Não sabiam o que havia acontecido nesse intervalo de um ano que saíram de Nárnia e voltaram para seu mundo.
Para desvendar esse mistério surge um anão que diz ser o mensageiro do rei Caspian. As crianças evidentemente não têm ideia de quem seja esse rei. Elas ficam curiosas e o anão faz o seu relato.
Caspian não tinha pai nem mãe, era criado por um tio e uma tia. Certo dia o pequeno príncipe ouviu falar sobre Nárnia dos tempos antigos: habitada por animais falantes, estranhas criaturas, anões , faunos, ancantadores bosques. Depois disso ele ficou curioso, mas seu tio o alertou para esquecer aquelas histórias, pois seria apenas invenção. Porém um dia encontrou um anão que disse o que ele sempre quis ouvir:
-Preste atenção: tudo o que lhe disseram sobre a antiga Nárnia é verdade. Nárnia não é a terra dos homens. É a terra de Aslam, das árvores despertas, das náiades visíveis, dos faunos, dos sátiros, dos anões e dos gigantes, dos centauros e dos animais falantes. Foi contra eles que lutou Caspian I. Foram vocês, os telmarinos, que calaram os animais, as árvores e as fontes; que mataram e expulsaram os anões e os faunos; são vocês que pretendem agora desfazer até a lembrança do que existiu. O rei não consente sequer que se fale deles”. (p.316)
Caspian fugiu, porque estava correndo perigo. Sua tia deu à luz um filho, agora o rei e a rainha desejavam fazer daquele ser, o novo rei, embora Caspian fosse o legítimo herdeiro do trono. É aí que começa as aventuras de Caspian rumo à floresta. Numa região montanhosa ele conhece os antigos narnianos.
Quando Caspian e os antigos narnianos estavam reunidos, desconfiaram que estavam sendo espionados e, portanto, a antiga Nárnia estava em perigo. Foi então que o preceptor de Caspian , o Doutor cornelius, que ajudou o garoto fugir, chegou com a notícia de que Miraz, o tio de Caspian, e seu exército estavam se aproximando. Então todos recuaram para procurar um esconderijo melhor. O confronto foi inevitável, alguns combatentes dos antigos narnianos ficaram feridos. O exécito de Moraz era mais forte, porém havia um detalhe: Caspian carregava consigo um trompa que pertenceu a Susana, ele deveria tocá-la quando estivesse num momento de grande perigo. Quando ele tocasse o socorro chegaria, seja a ajuda de Aslam ou apareceriam os antigos reis e rainhas de Nárnia.
Eles não sabiam também em que local o Aslam ou as crianças chegariam, havia alguns lugares prováveis como o local onde ficava o antigo castelo de Cair Paravel, então eles resolveram enviar mensageiros. Escolheram como mensageiro o anão Trumpkin. Este anão era o mesmo que as crianças salvaram das mãos do soldado no início da história.
Quando o anão chega lá e as crianças contam que são os humanos enviados para auxiliar na batalha, o anão duvida. Mas as crianças logo demonstram terem algum a habilidade para a luta com espada, com flecha e ainda um bálsamo para curar os feridos. Assim, todos partem da ilha em direção à batalha.
Eles seguem para a batalha, mas não têm certeza qual o caminho seguir para chegar mais rápido. Durante um percurso enfrentam um urso. Sobre esse episódio Lúcia fala para a irmã a respeito do fato de existir na floresta ursos bons e urso maus:
Não seria medonho se um dia, no nosso mundo, os homens se transformassem por dentro em animais ferozes, como o daqui, e continuassem por fora parecendo homens, e a gente assim nunca soubesse distinguir uns dos outros?”(p.349)
Lúcia indicou o caminho que poderia ser o mais certo, pois ela tinha uma convicção que o Leão Asla queria que ela fosse por aquele caminho. Mas todos se opuseram ao caminho que ela indicou. Pelo caminho que seguiram não tiveram êxito e precisaram retornar para um ponto de onde partiram. Depois pararam par comer alguma coisa e dormir. Enquanto dormiam, só Lúcia permaneceu acordada. O leão Aslam apareceu para ela, com um aparente descontentamento pelas escolhas deles. Lúcia tentou se justificar . Agora a sua missão era acordar os que estavam dormindo e irem pelo caminho certo. Aslam falou:
Espero por você aqui […] Vá acordar os outros: eles devem segui-la. Se não quiserem vir, você pelo menos terá de acompanhar-me..” (p.359)
Lúcia foi falar com os irmãos sobre Aslam. Ninguém acreditou. Porém mesmo de má vontade, todos acompanharam Lúcia. Aslam ia na frente guiando o grupo, porém só era visto por Lucia, só mais tarde , Aslam foi se revelando para o restante e todos o enxergaram. E foram até chegarem ao acampamento de Miraz. Só Trumpkin e os garotos foram para o confronto, as meninas ficaram mais afastadas próximo a Aslam. Por ali as árvores ficaram em festa pela presença de Aslam.
Quando o auxílio chega onde estão os antigos narnianos, o anão Nikabrik está muito revoltado porque o auxílio demora chegar e começa uma contenda entre os que são a favor de Caspian e os que são contra , até que começaiuma luta entre eles mesmos, os garotos e o anão Trupkin que que estavam ouvindo reservadamente, aparecem e entram no confronto, até que o opositor de Caspian, o anão Nikabrik, é eliminado. Pois ele queria invocar a antiga feiticeira branca, já que o socorro de Aslam estava demorando.
Pedro resolveu fazer um desafio a Miraz: ambos lutariam corpo a corpo, Miraz aceitou o desafio, os dois exécitos já não entrariam em confronto.
Chega o momento do desafio, a luta começa,mas antes que um dos dois vençam, alguns dos homens de Miraz, de olho no poder e no lugar do trono de Miraz, se envolvem na luta,golpeiam Miraz, então a algazarra é geral. Todos se envolvem na luta, até que o bosque acorda, as árvores começam a andar em direçam ao confronto e o exército de Miraz foge, assim a vitória é dos antigos narnianos.
Terminada a missão em Nárnia, os meninos voltam e se encontram no mesmo lugar que estavam no início: a plataforma de uma estação de trem.




LEWIS, C.S. ( tradução Silêda Steuernagel e Paulo Mendes Campos), As Crônicas de Nárnia. São Paulo:Editora VMW Martins Fontes, 2009.


















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