quarta-feira, 2 de julho de 2014

Literatura


 Segundo teorias literárias o destino dos heróis da epopeia é traçado pelos deuses ; o herói da epopeia não enfrenta a angústia da escolha. O que não acontece  com os heróis do romance.

 E quando  se lê ficção o que acontece? Acontece aquilo que se chama catarse... e mais :  O leitor é , de alguma forma, aquela personagem , quando se identifica com ela.

Quando o leitor ri do herói cômico, está rindo de si mesmo, porque se vê ali. Ri também porque  foi com “ o outro” e não consigo mesmo.

E o anti-herói?  Às vezes preguiçoso... Repleto  de “ baixezas” , a exemplo de Macunaíma ou até mesmo Dom Quixote.

Em toda obra literária deve haver verossimilhança... mas também ocorre inverossimilhança. Quando Ulisses retorna para sua cidade depois de 20 anos, seu cachorro ainda o  espera  e dá o  último suspiro quando ver Ulisses ; a mulher do herói  ainda estava linda e com um grupo de homens lhe fazendo corte. E o herói do filme? Ele cai do avião, sobrevive e nem o seu chapéu cai .  Faltou verossimilhança interna ,  o episódio não foi aceito nem mesmo na ficção, quebrando todas a regras da lógica.

Quanto ao romance, este veio trazendo consigo o individualismo , porque a leitura é algo individual . Você e o livro.   Antes   as composições eram dirigidas aso grupos ; os poemas , por exemplo, eram recitados  para várias pessoas acompanhados de uma lira, o romance não permitia isso.

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